sexta-feira, julho 29, 2005

"Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela"

Quem nunca ouviu este ditado? Metáforas sempre se mostram eficazes pra explicar, ensinar e/ou até pra dar lições de moral. Com este, em especial, eu até posso concordar, mas apenas parcialmente.
Muitas vezes quebramos feio a cara e depois acabamos encontrando uma solução. Sim, é verdade, mas perceba que eu não disse que "LOGO encontramos a solução", às vezes esse "depois" demora à beça...


Pode-se encontrar uma solução por acaso. Sabe aquela pessoa que te pediu informação na biblioteca e acaba virando o amor da sua vida e te faz esquecer aquele safado cachorro que t fez chorar? Aqui a metáfora poderia ser algo assim: Você perambula pela casa no escuro - sim, porque com as portas e janelas fechadas, não há luz. NEm vem procurar o interruptor da lâmpada, este ditado é tão velho que não existe eletricidade nele - quando de repente tropeça em alguma coisa, cai e acaba encontrando no chão a saída: um machado (um lenhador podia morar lá, sei lá). Você pega, dá na janela com ele e sai rapidinho sem olhar pra trás.


E aquele emprego que você tá procurando há um tempão sem resultado algum, até falar com um amigo que sabe de uma vaga pra te indicar? Metaforicamente é a mesma coisa que você andar pela casa e encontrar uma pessoa com uma vela acesa pronta pra te mostrar onde fica a janela mais próxima.
Mas e se não encontrarmos nem um machado, nem vela e nem ninguém??? Bom, aí temos que ir no tato mesmo, temos que ir procurando, testando, tentando, encostando na parede até chegar na janela. E isso é difícil pracaramba... E depois ainda temos que conseguir abrí-la...


Eu ainda tô procurando minha saída. Encontrei parede que não acaba mais, mas janela que é bom... nadinha...

domingo, julho 24, 2005

Coisas a fazer...

-Conseguir uma vaga na "Caravana Maldita" pro Curitiba Pop (ops! Rock) Festival
-Arrumar um emprego
-Gravar cds
-Formatar o micro
-Tomar decisões
-Consertar máquina
-Ligar para pessoas E pessoas
-Deixar de ser boba
-Aprender a cozinhar
-Comprar livros
-Visitar pessoas
-Arrumar o armário
-Pintar o cabelo
-Fazer óculos novos
-Dar entrada no diploma (ainda...)
-Dar faxina na casa
-Aprender a usar delineador
-Comprar roupas novas
-Voltar pra Yoga

ps.: Ordenadas aleatoriamente...

quinta-feira, julho 21, 2005

Distância

Nada como a distância para mudar sua impressão sobre algo. Hoje peguei a barca em direção à "Cidade Sorriso". Nunca o centro do Rio me parece tão calmo como quando vou pra Niterói. Não pego ônibus pra ir pra lá. Não tem nem graça. Como não é um lugar que eu vá muito, acaba sempre sendo algo diferente e a tradição de ir balançando até lá é boa parte da graça de atravessar a Baía de Guanabara. Conforme eu ia me distanciando do Rio, a Praça XV (onde fica aa estação das barcas) ia virando um lugar cada vez mais tranqüilo. Quieto até. Logo lá, um lugar cheio, barulhento e cenário para as confusões dos mais variados tipos de criaturas.


Mas a distância faz isso com a gente. Não é a toa que se diz que alguém que está de fora pode avaliar melhor um problema. A pessoa não está sentindo na pele, não está sendo atingida por fator algum, não está vivendo a situação. Pode, portanto, ser mais sensata em sua avaliação, dizem. Quanto a isso tenho certas dúvidas, mas nem cabe agora esta discussão.


Hoje eu me distanciei do Rio. Não muito, claro que não, afinal, Niterói é logo ali, do outro lado da poça (também conhecida como Baía de Guanabara). Mas foi o suficiente pra me fazer olhar com outros olhos para aquele lugar cheio de gente. Eu não me importava com o barulho, nem o estava ouvindo. Não me importava com as pessoas se esbarrando, com os moleques passando ou com os incontáveis ônibus. Eu era atingida apenas pela visão dos prédios se distanciando e o balanço do mar. Parecia que acidade que estava indo e não eu. A cidade ia embora levando com ela toda confusão, toda cobrança, horários, correria... tudo ia pra longe e eu estava tranqüila.


Na volta, depois do tempo na "Cidade Sorriso", sabia que estava voltando pra tudo de que tinha escapado umas horas antes, mas voltava mais leve, além de saber muito bem que nada sumiu de lá. Nem as coisas ruins que me irritam tanto, e nem as coisas boas, e me deu uma vontade enorme de voltar correndo pra elas...

sexta-feira, julho 15, 2005

Sometimes...

Às vezes a certeza de anos passa à dúvidade toda uma vida...
Às vezes aquele sonho lindo, alimentado com tanto ardor, morre num simples instante...
Às vezes tudo que você imaginou como sendo verdade, não passou de simples imaginação mesmo...
Às vezes planos construídos com tanto cuidado desabam bem na sua cara...
Às vezes, mesmo com a certeza da vitória, a partida nem começa...
Às vezes vocÊ solta a corda do balão por um segundo e ele voa pra nunca mais voltar...
Às vezes pessoas chegam e vão embora sem você notar...
Às vezes a vida te chama, mas você se encolhe tanto que nem chega a escutar...
Às vezes o "às vezes" se torna "sempre"....
... mas cabe a nós, às vezes, levantar e gritar...

quarta-feira, julho 13, 2005

Reinventando

Cotidiano
(Chico Buarque)

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café
Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão
Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
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E se um dia ela não fizesse nada disso? E se decidisse acordar tarde e não fazer café? Se acordasse de mau humor e não desse uma palavra? E se atrasasse o jantar? Se nem fizesse nada, decidisse jantar fora? Se dormisse virada pro lado, se puxasse o cobertor e deixasse o pé dele de fora? E se um dia não fizesse nada igual? Se fizesse tudo diferente? O que aconteceria?

Já acordou com vontade de surtar? Sim, com vontade! Com vontade de jogar tudo pro ar, não dar satisfação a ninguém, só a você mesmo? Já sentiu uma vontade louca de largar uma vida cômoda, tranqüila, às vezes até mesmo fácil e mudar o caminho, pegar o mais difícil? Pegar o caminho mais longo, o mais complicado, o mais esburacado... Já sentiu aquela vontade louca de obedecer àquela voz fininha, à voz baixinha que fala muito mais baixo que a voz grossa e gritante da razão? Já chegou a ouvir e entender o que dizia a voz baixinha? A voz da alma?
A razão não deve ser bloqueada totalmente, claro que não, mas não deve ser o único e maior apelo a nos guiar. O equilíbrio é algo extremamente difícil, talvez até utópico, mas a busca dele pode ser o primeiro passo...
Quando se tem condições de realmente jogar tudo pro ar, jogue mesmo! A vida é feita de riscos, você só tem que tentar chegar onde sempre quis estar... E se não der pra largar tudo, mude ao menos nas coisas pequenas.

De vez em quando é bom mudar... mude o caminho quando sair de casa de manhã, entre em outra rua. Tome leite no café da manhã ao invés de café pra variar... coma em uma lanchonete diferente, vá a um lugar que nunca foi mas sempre teve vontade, fale com aquela pessoa que vê todo dia mas não sabe nem o nome, sem pensar se vale ou não a pena, quebrar a cara faz parte da vida, não se pode evitar. Assista a um canal diferente, mude o rádio de estação, leia o caderno do jornal que nunca nem abre, durma pro outro lado da cama... A mudança é sempre o começo de tudo... Mude! Nem que seja o sabor da bala que compra sempre, nem que seja o corte de cabelo, nem que seja a maneira de encarar as mudanças...

segunda-feira, julho 11, 2005

Make belive

É, eu realmente ia escrever sobre alguma coisa que nem lembro mais.... depois que abri meu e-mail e vi que o Weezer vem ao Brasil em Setembro esqueci de toda e qualquer coisa que estivesse pensando pra escrever...
Não morri ainda, mas estou quase falecendo...
Depois de gritar, ficar sem palavras, quase chorar e por pouco não ter um ataque cardíaco, tratei de avisar aqui em casa que em setembro vou a Curitiba de qualquer maneira!
Vou pedir dinheiro na rua, vou pedir um empréstimo, vou fazer o que for, mas vou ao show e tenho dito!
A imagem abaixo é um printscreen que tirei da página do Curitiba Pop (ops! Rock) Festival agora há pouco e que contribuiu pro meu ataque de nervos....

E então, quem levanta a mão e vai comigo também???

sexta-feira, julho 08, 2005

Primeiro segundo...

Acordo todos os dias com a mesma sensação... Um sentimento de vazio, limpeza, pureza. Sinto-me livre de todo e qualquer problema, não sinto a extrema necessidade, que me persegue quase que todo o tempo, de buscar soluções pra tudo...
Quando acordo não lembro que tenho dilemas, não tento resolvê-los. Quando acordo não penso em minhas crises, não penso em correr ou em fugir delas. Quando acordo não me preocupo com o que as pessoas pensam de mim, tampouco lembro que outras pessoas existem.
No milésimo de segundo que precede o real despertar, antes que todas as crises, problemas, dilemas e confusões acordem também, sinto-me leve. Uma levez rápida, uma leveza gostosa. Antes de acordar, antes da minha cabeça despertar, o corpo responde, mas o espírito continua livre...